Olá!! Se você já se pegou pensando que tudo dá errado porque você é "burro demais" ou que o mundo é um lugar hostil e incontrolável, este artigo é para você, pois, pode ser que hoje esteja em uma situação de desamparo aprendido.
Você já ouviu falar de desamparo aprendido?
É um conceito importante na psicologia que descreve a sensação de impotência e falta de controle que as pessoas podem experimentar diante de situações de adversidade. Essa sensação de impotência pode levar a uma série de respostas emocionais e comportamentais, incluindo depressão, ansiedade, apatia e resignação.
Martin Seligman propôs que as pessoas que desenvolvem o desamparo aprendido tendem a atribuir as causas de eventos negativos a fatores internos (como suas próprias habilidades), estáveis (como algo que não pode ser mudado) e globais (afetando várias áreas de suas vidas).
Compreender suas causas e consequências é crucial para ajudar aqueles que enfrentam esse desafio a recuperar o controle sobre suas vidas e alcançar um estado mental mais saudável. Através do apoio emocional, terapia e mudanças na perspectiva, é possível superar o desamparo aprendido e construir uma vida mais positiva e realizada.
O que geralmente pode causar o desamparo aprendido?
O desamparo aprendido é um fenômeno que geralmente é causado por experiências de incontrolabilidade, ou seja, situações em que uma pessoa percebe que não tem controle sobre eventos aversivos que afetam sua vida. Essas experiências podem ser causadas por uma variedade de fatores, incluindo:
Trauma Infantil: experiências traumáticas na infância, como abuso físico, abuso emocional ou negligência, podem criar um senso de desamparo nas vítimas. Quando as crianças não conseguem controlar ou evitar situações traumáticas, elas podem internalizar a crença de que são impotentes.
Fracassos Pessoais Significativos: experimentar repetidos fracassos pessoais em várias áreas da vida, como acadêmica, profissional, relacionamentos ou objetivos pessoais, pode levar a um sentimento de desamparo. Quando alguém se esforça repetidamente e não consegue alcançar seus objetivos, isso pode minar sua autoconfiança.
Relacionamentos Abusivos: estar em relacionamentos abusivos, nos quais uma pessoa é constantemente controlada, manipulada ou maltratada pelo parceiro, pode criar um senso de desamparo. A vítima pode sentir que não pode escapar da situação ou mudar seu destino.
Perdas Significativas: a perda de entes queridos, empregos, status social ou outros aspectos importantes da vida pode desencadear o desamparo. As pessoas podem se sentir impotentes diante dessas perdas e incapazes de lidar com a dor emocional resultante.
Estresse Crônico: vivenciar estresse crônico em uma base regular, especialmente quando os estressores estão além do controle da pessoa, pode contribuir para o desamparo. O estresse constante pode levar a sentimentos de impotência e desesperança.
Bullying e Assédio: ser vítima de bullying, assédio moral no trabalho ou discriminação pode causar desamparo. As pessoas que enfrentam tais situações podem sentir que não têm meios eficazes de defesa.
Doenças Crônicas e Deficiências: lidar com doenças crônicas, deficiências físicas ou mentais, ou condições médicas graves pode levar ao desamparo. A sensação de impotência diante dessas condições pode ser avassaladora.
Eventos Traumáticos: vivenciar eventos traumáticos, como desastres naturais, acidentes graves ou testemunhar atos de violência, pode deixar as pessoas com uma sensação de desamparo diante do mundo imprevisível e perigoso.
Ambiente Familiar Disfuncional: Crescer em um ambiente familiar disfuncional, com conflitos constantes, abuso ou negligência, pode contribuir para o desenvolvimento do desamparo. A falta de controle sobre o ambiente familiar pode afetar a autoestima e a sensação de capacidade.
Falta de Apoio Social: A falta de apoio social ou suporte emocional adequado também pode contribuir para o desamparo aprendido. Quando as pessoas não têm um sistema de apoio para ajudá-las a lidar com situações difíceis, a sensação de desamparo pode se intensificar.
Consequências do Desamparo Aprendido
À medida que exploramos essas consequências, é importante lembrar que o desamparo aprendido é reversível e tratável, e que a identificação precoce e a intervenção terapêutica adequada podem ajudar a mitigar seus efeitos negativos. Aqui estão algumas das principais consequências do desamparo aprendido:
Depressão Clínica: uma das consequências mais evidentes e graves do desamparo aprendido é o desenvolvimento de depressão clínica. Indivíduos que internalizam a sensação de impotência e desamparo podem experimentar sintomas de depressão, como tristeza persistente, falta de interesse em atividades, perda de energia e sentimentos de inutilidade.
Ansiedade e Estresse Crônico: o desamparo aprendido pode levar a altos níveis de ansiedade e estresse crônico. A sensação de que não se pode controlar ou influenciar os eventos da vida contribui para a ansiedade constante, levando a preocupações excessivas e a um estado de alerta prolongado.
Baixa Autoestima e Autocrítica: indivíduos que internalizam o desamparo frequentemente desenvolvem uma baixa autoestima e são autocríticos. Eles tendem a se ver como incompetentes e acreditam que falham repetidamente, o que afeta negativamente sua autoimagem.
Desesperança: o desamparo aprendido pode levar à desesperança, onde as pessoas não têm mais fé em que as coisas podem melhorar. Eles podem acreditar que estão fadados a uma vida de adversidade e desgraça, o que pode dificultar a busca de soluções para seus problemas.
Isolamento Social: A sensação de desamparo pode levar ao isolamento social. Indivíduos podem se retrair de relacionamentos e atividades sociais, sentindo-se incapazes de lidar com interações ou experiências sociais.
Incapacidade de Resolução de Problemas: o desamparo aprendido pode prejudicar a capacidade de uma pessoa para resolver problemas de forma eficaz. Eles podem evitar a busca de soluções ativas, pois acreditam que qualquer esforço será inútil.
Apatia e Falta de Motivação: as pessoas podem perder o interesse em suas metas e aspirações, pois não veem sentido em tentar alcançá-las.
Comportamento de Risco: algumas pessoas podem recorrer a comportamentos de risco, como abuso de substâncias ou comportamento autodestrutivo, como uma forma de lidar com o desamparo e a dor emocional.
Problemas Físicos de Saúde: o estresse crônico associado ao desamparo aprendido pode contribuir para problemas físicos de saúde, como doenças cardiovasculares, problemas gastrointestinais e distúrbios do sono.
Autoeficácia Reduzida: uma das consequências centrais do desamparo aprendido é a redução da autoeficácia, ou seja, a crença na própria capacidade de realizar ações eficazes. Isso pode afetar negativamente a disposição de uma pessoa para assumir desafios e perseguir metas.
É fundamental compreender que o desamparo aprendido não é uma sentença perpétua. Intervenções terapêuticas, como a terapia cognitivo-comportamental, podem ajudar as pessoas a desafiarem e modificar suas crenças de desamparo, promovendo a recuperação e o fortalecimento da saúde mental. Identificar o desamparo aprendido e suas consequências é o primeiro passo para superá-lo e construir uma vida mais positiva e realizada. Busque ajuda profissional e agende sua sessão hoje mesmo!