Quem “pilota”​ sua carreira?

 

Fui convidada para ministrar uma palestra para um grupo de jovens sobre planejamento de carreira e aproveito para dividir alguns questionamentos com você. Sugiro que pegue papel e caneta e procure escrever tanto as perguntas como as respostas, pois assim irá refletir melhor e organizar as ideias.

Para você o que é sucesso profissional? Quando se imagina uma pessoa bem-sucedida, o que vem a sua mente? Onde você deseja estar? Qual seu objetivo? Só continue a ler o artigo, quando tiver estas respostas.

Estas perguntas iniciais são inquietantes para alguns, pois as vezes sabe-se que está infeliz ou que tem algo errado, mas não sabe onde quer chegar e este é o primeiro ponto.

O segundo ponto é que todo planejamento de carreira passa obrigatoriamente por um profundo exercício de autoconhecimento e auto avaliação. Neste ponto precisa saber: Quem é você? Qual a sua história e sua trajetória? Quais as competências fortes e as que precisa desenvolver? Você está pronto para ser o profissional de sucesso que deseja? Estes dois pontos precisam ser coerentes, pois, não adianta eu sonhar em ser algo que está completamente fora de tudo aquilo que eu sou.

A Carreira tem uma profunda ligação com seus valores, seu propósito de vida e sua personalidade. Um dos motivos pelos quais eu não aceitei propostas para trabalhar em hospitais psiquiátricos é que eu não tinha condições emocionais na época para lidar com situações tão difíceis. Certa vez uma psicóloga me contou que um paciente tinha colocado fogo na filha, pois na cabeça dele estava livrando ela dos bichos que estavam a devorando. Depois fui entender o que eram alucinações. Enfim, eu não tinha condições de seguir carreira em hospital psiquiátrico e admiro muito quem consegue.

Se eu tentasse seguir carreira na área de exatas eu estaria fadada a ser uma profissional medíocre e infeliz, pois, por mais que eu saiba algo, não é nem de longe a área que tenho mais talentos. O mesmo aconteceria se eu escolhesse uma profissão solitária, de alta concentração, somente analítica ou para cuidar do dinheiro dos outros. Por mais que eu saiba trabalhar sozinha, me concentre e sou boa em analisar as coisas, e sou boa para lidar com o dinheiro, eu gosto mesmo é de gente e de conversar.

Pode parecer óbvio, mas muitas pessoas que chegam para um processo de coaching não tem coerência entre o que querem e o que são. Você precisa conhecer: Quais são suas principais habilidades? Que tarefas que faz com mais prazer (aquelas que nem vê a hora passar)? Onde se sente mais útil, mais criativo e realizado? Qual o trabalho você faz, sem se sentir completamente esgotado no fim do dia?

Iniciamos então com o nosso terceiro ponto, saber separar o que é sonho do que é realidade. Eu acredito em sonhar, E ACREDITO MUITO MESMO. A questão é que se não colocar em um papel, não definir ações, prazos, metas, tomar atitude, sonho será sempre sonho. Você precisa trazer seu plano para uma realidade, definir ações a serem tomadas e o caminho a seguir. Um bom planejamento começa quanto sei onde quero chegar, quais são as caraterísticas que preciso trabalhar, e que ações e atitudes vou tomar para alcançar o resultado.

Pense em sua carreira como um aviação. Você é o piloto ou um passageiro? Ou pior, o avião está no piloto automático? Você é responsável por sua carreira, tanto pelo sucesso quanto pelo fracasso dela e começar entendendo isso, já é um grande avanço.

Hoje a maiorias das pessoas terceirizam suas carreiras e consequentemente se sentem infelizes. Hoje você acredita que suas escolhas profissionais foram baseadas em que? Salário? Precisava do dinheiro e aceito a primeira coisa? Era o caminho da família? A empresa te escolheu para fazer isso? Você sente que escolheu sua carreira ou ela te escolheu? Sente que está no comando ou tem outra pessoa pilotando este avião?

Espero que as reflexões contribuam para seu desenvolvimento! Forte abraço!

Psicologa e Coach Sheila de Oliveira

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